pandemia

Com dois óbitos por Covid-19 em setembro, casos e internações caíram pela metade em Santa Maria

18.357

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Renan Mattos (Diário)

Setembro terminou com os menores indicadores da pandemia em Santa Maria desde maio de 2020, mês em que foi registrado o primeiro óbito na cidade. Foram apenas duas mortes confirmadas em setembro, enquanto casos confirmados e internações diminuíram mais de 50% em relação a agosto. Dados são considerados extremamente positivos. No entanto, há necessidade da população continuar vigilante enquanto nem todos estiveram com a imunização completa com as duas doses.


Prefeitura promove ações de prevenção alusivas ao Outubro Rosa

O último óbito registrado em Santa Maria foi em 29 de setembro. Desde então, sexta-feira chegaria a 17 dias sem nenhuma confirmação de morte por Covid-19. Durante todo mês de setembro, foram apenas dois óbitos no município. Uma redução de 85% em relação a agosto, quando houve 14 registros. Se comparado ao pico da doença, em abril deste ano, a queda impressiona: naquele período, o índice chegou a 156 mortes em apenas 30 dias. É o sexto mês seguido em que o indicador está em queda. 

- É o avanço da vacinação que explica esses bons dados. Demorou bastante, mas finalmente estamos conseguido manter essa redução por vários meses. E são justamente esses casos graves, de óbitos e internações, que conseguimos combater com o avanço da cobertura vacinal. Estamos no mesmo patamar dos primeiros meses da pandemia na cidade - destaca o médico epidemiologista da prefeitura, Marcos Lobato.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Dados: Centro de Referência Municipal da Covid-19
As informações de outubro são até o dia 15

HOSPITALIZAÇÕES
As hospitalizações de pacientes com Covid-19 em setembro caíram pela metade em relação a agosto. Com apenas 22 internações no mês, foi o menor número do ano. Já em relação ao pico do índice, registrado em maio com 499 internações, a redução é de 95%. Os dados compreendem os moradores de Santa Maria que precisaram de internação por Covid-19 em leitos clínicos ou de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

Nesta sexta-feira, há apenas sete pacientes com a confirmação do coronavírus internados em leitos de UTI em Santa Maria: dois no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, dois no Hospital Regional e três no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Em leitos clínicos, fora de UTI, são apenas nove hospitalizações. 

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Dados: Centro de Referência Municipal da Covid-19 

CASOS CONFIRMADOS
A quantidade de casos de coronavírus confirmados em setembro foi de 306, uma redução também de cerca de 50% em relação ao mês anterior e de 96% se comparado ao pico da doença. 

Em relação ao número de casos, o médico Marcos Lobato faz um alerta:

- É preciso olharmos com cautela para a redução deste indicador, porque tem acontecido das pessoas não procurarem mais o teste com tanta frequência. Com o avanço da vacinação, de fato, tem ocorrido menos casos graves. Mas, sabemos que o vírus ainda circula. Com sintomas mais leves, as pessoas têm menosprezado a doença, não procuram atendimento, o que é errado. Mesmo com sintomas mais fracos, é necessário fazer o teste e fazer o isolamento para evitar a transmissão.

Segundo Lobato, a indicação é que a pessoa procure fazer o teste já no primeiro ou segundo dia de aparecimento dos sintomas. 

style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Dados: Centro de Referência Municipal da Covid-19 

RESTRIÇÕES
Estudos indicam que, para que seja possível flexibilizar medidas de distanciamento e o uso de máscara, é necessário que, ao menos, 70% da população do país esteja com a imunização completa (duas doses ou dose única). Isso está longe de acontecer no Brasil, que está apenas com 47% da população imunizada. Em Santa Maria, o percentual é de 58% em relação a população total. O médico Marcos Lobato considera difícil que flexibilizações como a liberação do uso de máscaras ocorram ainda neste ano. Mas, para o início de 2022, Lobato espera que seja possível:

- Ainda precisamos de mais um pouco de paciência. Para ambientes abertos, talvez nos primeiros meses do próximo ano já seja possível. Mas acredito que em ambientes fechados, com grande circulação, ainda vamos precisar da máscara por mais tempo. Mesmo que em Santa Maria a vacinação avance mais rápido que em outros locais do país, é necessário olhar o contexto. Santa Maria tem essa característica de ser um polo regional, de receber muitas pessoas de outros lugares.

Em relação as novas medidas anunciadas pelo governo do Estado, que permitem eventos com maior número de pessoas, o médico alerta para que as pessoas continuem respeitando as medidas preventivas. Ele considera a exigência do passaporte vacinal um bom critério para a entrada em eventos.

- Nós já ficamos um ano e meio com restrições, é prudente esperarmos mais dois ou três meses para termos mais garantias e, então sim, voltar com todas as atividades. Não queremos correr o risco de ter que voltar a preocupações anteriores. A obrigatoriedade de vacinação é uma excelente medida para a liberação. Quem não quer se vacinar, não quer conviver em comunidade - afirma Marcos Lobato.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

VÍDEO: sábado tem postos de saúde abertos para Dia D de Vacinação e ações do Outubro Rosa

Próximo

VÍDEO: espera pela vacina contra a Covid-19 foi abaixo de chuva

Saúde